Ainda bem que existe o envolvimento! Sem ele, como existiria movimento e, vez ou outra (tá bom, quase sempre!), um leve-grave tormento¿
Você está lá, escrevendo uma matéria sobre um assunto e, alguns anos depois, por puro em-vol-vi-men-to, muda sua posição no estádio e, de visitante, vira torcida.. de torcida, entra mesmo no campo e não quer nem saber se entrou para ganhar ou perder.
Ao se envolver, você pode até ser do tipo pessimista, ou realista demais, mas não pode deixar que isso invada e se transforme num modo de agir. Você não pensa: ‘vamos tentar, mas é difícil’. Prefere dizer assim: ‘é difícil, mas vamos tentar! Por onde começamos¿’
Se existe envolvimento e existe movimento, os tormentos fazem parte.. mas é bom ser prático. Até para pensar!
Certo: o outro time é mais experiente, bem preparado, adora cometer faltas e a arbitragem é cega, cega... mas e daí¿ a gente tem garra.. e mesmo que os gols sejam, vez ou outra ou quase sempre, impedidos, a gente corre de novo para mostrar que podemos acertar na rede, num tiro de meta indiscutível.
Correr nunca foi problema para nós. Para vocês, que lidam com a correria diária, da vida, para conseguir ter e dar alimentos, água, conforto e dignidade para suas famílias, enquanto repassam parte desse trabalho para um governo que, ao invés de administrá-lo, transforma-se num monstro que os engole. Um timinho de falcatruas que articula com árbitros... que fazem vistas grossas. A gente olha para torcida, em busca de apoio, e elas estão distraídas..
Se pensar nisso atormenta, que bom! É para isso, afinal, que serve o movimento. É por isso, aliás, que é preciso envolvimento.
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