segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ao pé da letra


Talvez eu leve mesmo tudo ao pé da letra
Mas pense bem: se eu levasse tudo para os galhos,
Como as letras se alimentariam?
Como se tornariam palavras?
Por falar nisso, estas palavras que você me disse...
Levei um bocado delas para o pé, sim.
Mas joguei fora o que não traria bons frutos

Definitivamente algumas dessas palavras
Não me trariam sabor de jambo, ou de hortelã
Que experimentei por um bom tempo.

Então é melhor que eu mesma me plante
Que eu mesma crie minhas letras
Porque hoje até meu ego é mais desejável do que suas palavras.
Meu ego é terra infértil, mas suas palavras têm sido ervas-daninhas
Danem-se todas elas,
mas fiquem longe da minha plantação.

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