segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Também tenho conversa de botas batidas..


Hoje renuncio aos meus vícios e explosões,
aos meus calos e emoções

A você, que insiste em me denunciar e me derrubar.
Renuncio à necessidade de estar perto
Aos joguetes, às renúncias, às expectativas e às tentativas.
Vou passar um trator sobre a frustração de cada dia.
Sem escutar por trás da porta o que poderia ter sido.

Não quero mais saber de ter que explicar o que não sei
E a sempre querer conversar
para me sentir em um monólogo...

Sinceramente, você me emperra.

Então não espere que eu enfrente suas metonímias
Ou invente precocemente meu epitáfio
Que eu caia em sua retórica por não ter respostas na língua
Ou que eu te ligue, sem ter o que dizer

Já falamos mais do que deveríamos
Não que eu me comporte às regras
Não como você

Já chega de reformas
De reconstruções
Reformulações
Restrições
E restos


Se você não pode fazer com que eu me sinta
melhor
do que me sinto quando estou sozinha,
Não há motivo algum para estarmos juntos.


E apesar de tudo isso parecer um texto bem negativo,
Descobri que a alternativa mais simples do mundo,
e mais efetiva,
quando algo não faz bem,
é deixar para lá... lá longe...

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