Olho para o lado, ele está aqui do lado
Está tão próximo e nem posso ver
Ponho a mão no coração, sinto ritmo acelerado
E é só isso o que consigo perceber
Com um andar desajeitado e um olhar que não sabe bem onde parar...
De um lado minha vida, do outro minha morte
E eu no meio querendo me equilibrar
Disseram para mim
Meus sonhos findaram-se
Não por desilusão, ou coisa assim.
Mas minha sede mudou,
é de instante, de momento atual
Fecho meus olhos, os aperto,
e vou abrindo devagar
Para não confundir, nem generalizar
Não, eu não posso acreditar...
Falas o que pensas
vives ao deus-dará
Que se dane o resto
Fazes o que queres.
Caminhando distraidamente
e daí que nada verás?
Se pisar em uma armadilha
o destino te protegerá.
Acima de tudo, faço uma prece de despedida (despeço-me, portanto, do que escrevo)
Que a Força Suprema permita que ainda vivamos bons momentos
Que a Força Suprema permita uma vida não estratégica
Que a Força Suprema permita que vejamos o que temos perdido
Que a Força Suprema permita-nos mergulhar profundamente
E que não esqueçamos, não, não esqueçamos
que estamos a respirar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário