segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Aos inflamados discursos
Pois então estou fora
Ao sentir certa inutilidade
e querer fazer algo a mudar
abriu uma porta e eu entrei
Mas se todas as portas conduzem ao mesmo pátio
Estou fora
Se a essência da coletividade é a competição
E a busca pelos mesmos direitos se divide em oposições
E as oposições são verdadeiras inimigas
Estou fora
Se devemos sempre olhar por outro prisma
Porque nada é como se mostra
E sempre por trás de um carisma
Há interesses oclusos e maliciosos
Estou fora
Sempre todos os lados serão iguais
E ambos sempre estarão ao ataque
Através de palavras e histerias
Disfarçados na “luta contra a verdade”
Estou fora
Não por medo, cansaço ou orgulho
Talvez por não ter nascido à guerra
Talvez por estar um pouco perdida
Num caminho que não é o meu
É espetacular como a idéia de cada um é interessante
Mas unidos, sempre criam um clima desgastante
Como cada um quer que tudo seja de todos
Mas sentem-se ameaçados
com qualquer escolha de outrem.
Tudo bem que ninguém saiba de nada
Ao menos lhes deixam trabalhar em paz
E farão o que querem, pois o que querem é o melhor, claro!
Como cães adestrados, só resta-nos não escapar do portão.
Quer saber, estou fora.
Estou fora de toda a palhaçada
Esse circo é para vocês, podem armar!
Continuem SENDO o que tanto lutam contra
E não levem para o lado pessoal mas...
Entre a verdade e a mentira
O correto e o errado
O mau e o bem
O certo e o duvidoso
Eu não escolho nada.
E vocês não são nada por aqui.
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