segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quando eu tinha 18, escrevi...


Ao olhar à mídia hoje, vejo uma grande brincadeira de péssimo gosto. Como a medicina, ela pode ajudar a salvar muitas vidas, ou pode igualmente destruir muitas existências.

O que quero dizer é que mexer com palavras é um jogo muito perigoso e quem detém os maiores veículos são obvialmente os responsáveis por desacionar a bomba ou fazê-la explodir. O grande problema é que os grandes donos desse meio têm mentes pequenas o suficiente para criar e recriar personagens, brincando com fatos e pessoas, segundo seus interesses. Interesses fúteis, tantas vezes egoístas. Principalmente, excepcionalmente egoístas. E o egoísmo é uma burrice, bem o sei...

Acho que já deu para perceber que não estou falando do jornalista em si. É duro dizer isso, mas o jornalista é um mero empregado que, em geral, segue os interesses das empresas para qual trabalham. Quando isso é consciente, é uma frustração para quem entrou nessa profissão para "mudar o mundo". Mas para muitos isso é inconsciente, porque são frágeis, se envolvem pelo meio e acreditem- pensar por si próprio é difícil.

As empresas de comunicação - aii se meu futuro patrão estiver me ouvindo- já apagaram há muito tempo a responsabilidade social da lista de prioridades. Agora elas fazem a única coisa que ainda as caracterizam "imprensa", informam. Pequeno detalhe: as informações são importantes, para o empresário, o publicitário... elas devem vir com elogios implícitos a certos trabalhos e aniquilando nas entrelinhas seus concorrentes políticos...

Há algum tempo escrevi aqui algo sobre o medo, disse que o medo não me importava...
Mas há um medo que me acompanha desde o momento em que essa sujeira toda ficou tão gritante para mim. Então um dos grandes medos que tenho é me tornar isso que tanto abomino: uma pseudo-jornalista com lavagem cerebral, ou vendendo minha dignidade por qualquer porcaria (e tudo é porcaria)

Digo isso porque tenho 18 anos e milhões de duvidas, e pessoas ao redor dizendo que o meu jeito arrogantemente ideológico (queee ideologia??), utópico (o que elas entendem disso?) e positivamente ético (pasmem!) é apenas umas fase.
Típica Juventude.
Será?

Não sei.
Talvez no futuro, eu tenha a faca e o queijo na mão, talvez não tenha coisa alguma e viva frustrada servindo apenas de conselheira, mas tenho meu caráter e posso escolher ficar com ele. E por isso preciso desse medo, para que ele cumpra sua devida função de me deixar em alerta. Não importa o que aconteça, minhas palavras nasceram para construir.

Dia desses assisti V de Vingança (muito bom!) e havia uma frase: "Idéias são à prova de balas". Quase grito: caraaaca que frase!

Idéias são à prova de balas

Bela Frase! Mas não universalmente correta. Se a repressão hoje fosse tão concreta assim, com balas, talvez tivéssemos até mais liberdade para nossas idéias. Mas elas são atacadas por algo tão subjetivo quanto: são mascaradas por uma falsa democracia, que na verdade é um sistema abstrato de adoração ao deus Dinheiro, Money... Mentes doidas...e criminosas.

Meu medo não é tão necessário assim quando olho para o que sou, mas quero que, ao menos, seja acionado para me alertar na presença de uma máquina emburrecedora que queira matar o que venho construindo com tranquilidade em meio a esse caos: minha integridade.

E se eu pudesse fazer apenas mais um desejo, seria direcionado aos velhos (nao falo da quantidade de aniversarios) com seus discursos mesquinhos e amargurados, de suas mentes com conceitos equivocados e destrutivos do que seja "vencer na vida". Que eles procurem o que fazer ao invés de jogar lama nas mentes inocentes de nossos jovens, de nossas crianças.

Porque antes que reflitamos sobre a vida, e qual sistema político e econômico devemos adotar, precisamos aprender a pensar!

Compreendendo isto,
estamos prontos para sermos tudo o que quisermos:

jornalistas, heróis...
ou o que é mais importante e real:
Humanos.

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