segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Deve ser irresistível morrer...
Calminha! Não vou falar de depressão ou de como a vida é dura e triste e por isso devemos dar cabo à coitada. Nada disso. Vou falar do que ainda não sei.
E, embora muito tenha lido e ouvido e imaginado, não sei o que acontece quando a gente dorme. Sei que, ao acordar, a primeiríssima coisa que me vem na mente (antes mesmo de pensar) é como estava bom dormindo. Aquele descanço do consciente, aquela alma leve, aquele sono pesado, aquele sono... Não deve ser ruim, não. Aliás, o sono é a única coisa totalmente desconhecida, da qual nos entregamos sem medo algum.
Imagine então o que acontece na morte. Ou na pré-morte. Enfim, quando estamos prestes a dormirmos o 'sono eterno'. Toda santa novela diz que vem todo um epitáfio na mente, onde se pensa em tudo o que fez e em tudo o que deixou para trás, e se arrepende, ou sente o famoso 'dever cumprido' e morre. Ponto Final.
Você acha realmente que isso acontece?
Prestes a morrer, assim como prestes a dormir, nossos últimos pensamentos, de fato, devem ser desconexos. Temos uma preguiça ostensiva de pensar em qualquer coisa e queremos apenas nos desligar. Experimente: mesmo com "aquela" de dor de dente, bem pouquinho antes de dormir, nada dói.
Bom mesmo é virar para o outro lado e dormir. Na morte, dormimos e viramos para o famoso outro lado. Talvez o reino encantado do Lado Nenhum.
Morrer, morrer mesmo (não padecer) deve ser fácil.
E incrivelmente bom.
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